sexta-feira, 15 de março de 2013

HOMENAGEM DO MOVIMENTO DAS COMUNIDADES NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA – CNSE




IDE PELO MUNDO E PREGAI O EVANGELHO!!!


Ó Deus, Pai do Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo. Nós, do MOVIMENTO DAS COMUNIDADES NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA – CNSE, Regional Pará,  Igreja de Belém, pedimos pelo PAPA FRANCISCO, que o assistais na missão que recebeu de presidir em nome de Cristo o rebanho que é Pastor, da Tua Igreja CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, sendo mestre fiel da doutrina, sacerdote da santa liturgia e servidor daqueles que governa. Nossa Senhora da Esperança, confiamos-vos a pessoa de nosso PAPA eleito e sua vontade de santificação sob a vossa materna proteção e inspiração. Amém!

Orem pelo Papa. Orar por ele é orar pela Igreja da fraternidade, que busca um recomeço
14/03/2013 – Editorial – Jornal “O Liberal” – Belém -Pará

Jorge Mario Bergoglio é argentino. Há 50 anos, vive com apenas um pulmão.
É ele próprio quem cozinha sua comida. Quando se desloca pela cidade onde vive, usa ônibus ou metrô. Jorge Mario Bergoglio já foi visto, certa vez, beijando os pés de portadores do vírus da aids internados num hospital.
Sobre ele, conta-se que há oito anos, na iminência de ser eleito para cargo máximo da instituição a que pertence, teria pedido quase em lágrimas, a seus pares, que votassem em outro cardeal. Jorge Mario Bergoglio precisa de orações. Ele também. Quando precisa, pede que orem por ele.
Jorge Mário Bergoglio é, desde ontem, o papa Francisco. Em dois mil anos de história da Igreja, é o primeiro a usar esse nome, que pode ser tanto uma referência a São Francisco de Assis como a São Francisco Xavier, duas referências para os católicos. O Papa Francisco tem apenas um pulmão.
No conclave que elegeu Bento XVI, teria recebido cerca de 40 votos e suplicado aos demais cardeais que elegessem Joseph Ratzinger para chefiar a Igreja, o que de fato ocorreu. Bergoglio, agora Papa Francisco , ficou conhecido, em 2001, por lavar e beijar os pés de 12 pacientes com aids que visitou num hospital de Buenos Aires.
Ontem, quando assomou ao balcão da Basílica de São Pedro, diante mais de 50 mil pessoas que o saudavam como o 266º papa, Francisco suplicou: “Orem por mim”. O dogma da infalibilidade que o qualifica e o junge a inspirações dívinas que o tornam infalível, quando se pronuncia sobre questões de fé, não retira o Papa do âmbito - amplo, vale dizer - das contingências humanas.
Papas, por isso, têm limitações. E precisam conviver com elas. Papas têm mêdo, sentem aflições e são capazes de acusar o enorme desgaste que condutas políticas provocam, quando dissociadas de valores éticos reconhecidos universalmente, acima de opções religiosas quais forem.
 Papas são alvo de reverências. Não são raros os que lhe beijam as mãos em meio a genuflexões. Mas papas precisam de orações. Não deixa de ser emblemático que as primeiras palavras do novo Pontífice tenham sido uma súplica. Deve soar como reconfortante, para os católicos e para a Igreja, ouvirem de seu maior, de seu máximo, de seu sumo Pastor um pedido para que orem por ele. Orar pelo Papa é orar pela própria Igreja. Orar pela Papa é considerar, ainda que por meias palavras, que a Igreja onde também nadam “peixes ruins”, no dizer do Papa Emérito Bento XVI, é a mesma que vive um “momento difícil”, no sentir de dom Odilo Scherer, o cardeal brasileiro que figurava como um dos favoritos no conclave encerrado ontem.
Orar pelo Papa é render atenções e respeito a um homem falível que precisará, a todo momento, valer-se de suas qualidades humanas para exercer a vocação pastoral com os olhos postos no recomeço. Orar pelo Papa, como Francisco pediu, é ajudá-lo a concretizar um anseio externado por ele próprio ao mundo, a partir do balcão de São Pedro: “Recomeçamos o caminho da igreja de Roma, bispo e o povo, de amizade, amor e confiança entre nós. Vamos orar sempre por nós, um pelo outro, porque somos todos irmãos”. Orar pelo Papa é suplicar para que a Igreja pia, santa, acolhedora e fraternal se apresente sempre disposta a pugnar por mudanças de estruturas sociais perversas, estigmatizantes e excludentes.
Orar pela Papa é instilar-lhe coragem para dizer claramente, sem rebuços verbais, o que o então cardeal Jorge Mario Bergoglio constatou em 2007, ao proclamar: Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos.” “Orem por mim”, pede o papa. Oremos por ele.